terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Finais ou recomeços?

Quero falar sobre finais a partir daquilo que eles não são, mas de onde advêm. Também quero falar sobre os finais a partir daquilo o que alguns deles podem ser. Quero falar sobre finais, do começo, ou melhor, a partir dos começos. (por isso a partir daquilo que eles não são, mas de onde advêm e do que podem ser...) Afinal, todo fim tem um começo. Há finais inesquecíveis, para o bem e para o mal. Quero dizer, há finais dos quais não cansamos de lembrar e comemorar, mas há também aqueles que, se possível fosse, faríamos questão de esquecer. Porque os finais podem ser os mais variados: felizes ou tristes, bons ou ruins, indiferentes, final de amizade, namoro, casamento, de curso, de ano escolar, ano eclesiástico, de etapa profissional, de campeonatos, fim da noite, fim do dia, FIM DA VIDA. Este, certamente o mais misterioso de todos. Sobre o qual pairam as maiores dúvidas, expectativas e temores. Ás vezes, é ao perceber o final da vida que desesperados, queremos viver. Ao perceber o final do dia, de um relacionamento, de um ciclo que gostaríamos de voltar atrás e recomeçar. Mas não é possível..., ou é? Entretanto, há uma boa notícia nisso tudo, se isso acontece com você fique tranqüilo, você é normal. Sim, porque há aqueles com quem essas coisas parecem não acontecer, há aqueles que já tão embrutecidos pela trajetória de suas vidas se tornaram incapazes, mesmo em momentos derradeiros, de transcender e ir além do comportamento e das palavras que repetiram durante toda a sua existência sem sentido. Comportamento irrefletido, palavras vãs, estultícia. São incapazes de no fim, recomeçar! Tendo essas coisas em mente, te convido a analisar o que a Bíblia nos informa sobre a atitude final de dois homens descrita em Lc 23.39. Vamos pensar sobre a vida errante desses dois, que apesar de aparentemente tão parecidas tiveram finais tão diferentes. ... Ambos eram ladrões e como eles mesmos reconheciam, vide vs x recebiam ali a justa recompensa pelas suas ações. Não eram ladrões quaisquer, afinal nem todos os ladrões eram crucificados. Vítimas do meio em que viveram, injustiçados, talvez. O fato é que ano após ano apenas repetiram uma mesma conduta. Ao que parece, até aquele momento foram incapazes da menor reflexão, persistiam no erro. Mas, o que muitos chamariam de destino, não nós (nós não), lhes guardava uma última surpresa, uma última oportunidade, justamente, naquele que seria o último momento de suas vidas. Não das mesmas mãos. As mãos dos homens não são capazes de tal. No momento em que lhes era apresentada a morte, também lhes foi apresenta a vida. Contudo, era-lhes preciso algo que talvez não tivessem sido capazes de fazer durante toda a sua existência: transcender, ir além do ordinário, do aparente, da realidade que se lhes apresentava diante dos seus olhos, do que estavam acostumados a ser e a fazer. Das palavras, gestos e dos pensamentos rotineiros. Era-lhes necessário sobriedade, reflexão. Não era fácil..., não é muito fácil quebrar uma rotina de maus hábitos, ainda mais a de um tolo. Essa conduta é viciante. Se fosse tão simples ambos teriam percebido a oportunidade que se lhes apresentava. Mas um deles foi e repreendendo seu companheiro pelos insultos e escárnio que dirigia a Jesus, arrependeu-se de uma vida da qual não havia muito do que se orgulhar e clamou. Entregou-se a Jesus, por entender que não havia outro a quem se entregar. Pediu e Creu, mesmo sem saber ao certo em que! - Senhor lembra-te de mim quando entrares no teu Reino. E, naquele momento, a justiça divina foi manifesta. Uma justiça sem precedentes nos tribunais dos homens. Uma justiça não retributiva, que não paga o mal, com o mal, a ofensa com ofensa, a dor com o sofrimento. Uma justiça atribuída, uma justiça que é pura graça, e que é de graça. Uma justiça que transborda de amor, misericórdia e compaixão. Uma justiça que regenera e transforma. Uma justiça que nos banha no sangue de Cristo e nos lava dos nossos pecados e transgressões, que nos torna livres, ainda que pendurados em uma cruz! Uma justiça imputada, creditada. A justiça de Deus, a justiça de Jesus, o Cristo. Em meio ao castigo da Cruz a redenção, em meio a desgraça a graça, em meio a morte a Vida, em meio ao inferno do sofrimento o Céu. ALELUIA! Essa história mexe com agente, nos inspira e nos desafia...: qual dos dois homens seremos esta noite..., está em nossa mãos! Não espere o fim da sua vida para viver..., aproveite o fim do ano para recomeçar, para refazer, mudar sua trajetória. Não é possível voltar atrás e desfazer nossos erros, mas é possível recomeçar, consertar o que foi quebrado, restaurar o que foi destruído. Qual desses dois homens você será essa noite? Entregue sua vida a Jesus, como fez aquele homem, confie nele e o mais ele o fará. É uma garantia da Palavra no Sl 37.5. Ainda há esperança. (Enquanto há vida, há esperança.) Deus tem nos dado a oportunidade de refletir, no final deste ano, ATRAVÉS DO SOFRIMENTO DOS OUTROS SOBRE AS NOSSAS VIDAS. Quanto amor, quantos gostariam de ter essa oportunidade! Não nos deixemos apanhar de surpresa. Ainda é tempo de recomeçar. Hoje é tempo recomeçar. O que Jesus fez por aquele ladrão, na cruz ele pode fazer por você. Por isso insisto, qual deles você será? Lembre: o fim é um excelente momento para um recomeço.