Ela
foi guia e consciência do pecado, abolida pelo seu cumprimento por, e em Cristo
(Ef. 2,14-15). Não posso negar que a essência da Lei persista, mas sua
condenação e maldição certamente foram revogadas. Negar essa assertiva é negar
a extensão do sacrifício de Cristo.
Na
cruz ele tomou sobre si a maldição da lei fazendo-se pecado por nós.
A
mensagem aos fariseus, nomistas, foi e continua sendo não a lei por ela mesma,
mas por sua essência, pelo que ela veio instituir, um diagnóstico (uma consciência)
e um caminho. Os padrões éticos da Lei são a sua essência. Mas devem ser
observados muito além da norma pela norma, deve ser observada sua motivação. O
cumprir da lei não deve ter por objetivo a isenção da pena, mas a consciência
para com Deus.
Ela
representava a vontade de Deus.
Porque
cumprir a lei? Por amor, obediência. O cumprimento ou não da lei denunciará o
meu relacionamento com seu autor.
O
foco muda, não é a letra, porque a letra mata, mas a essência, o espírito,
porque ele vivifica.
Nesse
âmbito da letra fria da lei não há espaço para a graça. O legalista encontra “consolo
e justificação” nas suas obras.
A
penitência alimenta o ego, não mortifica a carne, mas vivifica-a.
Qual
o papel de Cristo, se viva a Lei?
Não
se pode deixar que a lei engesse nosso relacionamento com Deus.
A
lei prega uma justificação fadada ao insucesso. A fé é o método do evangelho.
A
morte não é gerada pelo descumprimento da lei, mas pela negação de Cristo.
A
declaração de Cristo de que não viera abolir a lei e os Profetas, mas cumpri-la
/ A lei e os profetas apontavam para Cristo. A lei indicava o caminho (Cristo).
A lei morre com Cristo. (Mt 5,17). A lei
foi revogada pelo seu cumprimento. (Mt 5,18)