domingo, 14 de março de 2010

Lama Sabactâni parte II

Mas experimentemos inverter um pouco o nosso ponto de vista, será que é Deus que nos abandona?




Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós para que não vos ouça. Is 59.2.


Os nossos pecados nos separam de Deus.


Os meus pecados, os seus pecados te separam de Deus.


Sei que alguém ainda poderia argumentar; mas Jesus não pecou! Como então poderia ele experimentar separação de Deus por causa do pecado?


Correto, mas na cruz Jesus não toma sobre si os nossos pecados?


‘... ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele e pelas suas feridas fomos curados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.’ Is 53.5,6.


Assim Cristo, morreu pelas nossas faltas e em nosso lugar. Seu sacrifício é substitutivo. É o que encontramos em 1 Co 15.3b,4.


Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras ...


Por nós, Cristo tomou sobre si a maldição da lei.


Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito(Gl 3.13): Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro(Dt 21.23).


Porém, mesmo no momento mais difícil da vida de Cristo, ele não deixa de nos ensinar e inspirar.


Apesar de naquele momento Jesus ter sido culpado pelo pecado da humanidade e por causa disso experimentar a separação de Deus. Sua postura não é de revolta contra Deus, mas de submissão!


Sempre argumentamos, quando deveríamos calar. Perdemos muito tempo discutindo com Deus porque nos achamos muito importantes, nos achamos dignos de que Deus se explique a nós, quando a obediência libera o entendimento. (Rick Waren)


Mas observemos a postura de Jesus ao se aproximar o fim desse momento agonizante nas palavras de Lucas e de João.




Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito. Lc 23.46.


Está consumado e expirou! Jo 19.30.


Na cruz apesar das circunstâncias, apesar de todo sofrimento, de toda a injustiça Jesus não discute com Deus, ele se entrega.


Por mais que a realidade dos fatos, aparentemente, neguem as verdades da fé, por maior que seja o nosso desespero, a nossa angústia devemos persistir em crer, devemos, a exemplo de Cristo, teimar em crer.


Porque Deus, certamente, virá em nosso socorro, como o fez com Cristo ressuscitando-o dentre os mortos ao terceiro dia.




Mas talvez você não experimente o "abandono" de Deus por causa do pecado, talvez você esteja se sentindo abandonado por ele simplesmente porque ele te ama!


- Mas como pode ser? Como posso me sentir longe de Deus porque ele me ama?


Porque Deus é Pai e repreende e disciplina os filhos a quem ama. Ele quer que você tenha suas próprias experiências, que você cresça, amadureça, porque nos momentos mais difíceis de nossas vidas tiramos as maiores lições, ou como vi em um filme nossas vidas não são medidas por quantas vezes respiramos, mas por quantas vezes perdemos o fôlego!